As três maiores razões para
Cristo
amar você
por Mark Jones
Se um pregador tivesse apenas um
sermão para pregar a incrédulos, provavelmente ele pregaria algo que seguisse o
padrão apostólico do livro de Atos. Mas, e se ele tivesse a chance de dar
apenas uma mensagem para aqueles que são cristãos? Aqui, naturalmente, há muito
mais liberdade.
Normalmente, quando estou diante de
uma situação em que, nessa vida, talvez eu não veja novamente os cristãos com
quem estou falando, eu lhes conto sobre as verdades que têm importância
especial para os cristãos, como o amor que Cristo tem por sua igreja (Ef 3.19).
Os puritanos às vezes têm uma fama
ruim por sua teologia, em especial na áreas da segurança da salvação. Ainda
assim, eu consegui segurança completa da salvação ao ler um puritano, Thomas
Goodwin. Nenhum escritor continental me deu um senso do amor de Cristo por mim
da forma como Goodwin fez quando, pela primeira vez, eu o li tratando sobre o
coração de Cristo nos céus voltado para os pecadores na terra.
Assim, se você me perguntar sobre que
tópico eu falaria a cristãos se tivesse apenas um estudo/sermão, provavelmente
o foco seria o amor de Cristo pela igreja. De fato, recentemente eu tive o
privilégio de falar sobre o amor de Cristo por sua noiva no Brasil, quando me
pediram para dar um estudo bíblico improvisado.
Como você (cristão) sabe que Cristo
te ama? Como você pode ter certeza de seu amor por você? Abaixo estão aquelas que
creio serem as três maiores razões para Cristo amar você.
1. O mandamento do Pai ao Filho.
O Pai deu a Jesus um mandamento perpétuo de amar pecadores
(ver Jo 6.37-40; Jo 10.15-18; 15.10). Jesus permanece no amor do Pai ao amar os
pecadores. Não pode haver maior influência que leve o Filho a amar-nos,
miseráveis pecadores, que o mandamento do Pai. Cristo deixar de nos amar seria,
na verdade, deixar de amar seu Pai.
Pense nas palavras de Cristo a Pedro
em João 21.15-17. Cristo pergunta três vezes a Pedro: “Você me ama?”. Pedro
demonstrará seu amor por Cristo ao apascentar as ovelhas de Cristo. Agora,
pense no Pai perguntando ao Filho: “você me ama?”. Filho: “Sim, Pai, você sabe
que eu te amo”. Pai: “Morra por minhas ovelhas, ame minhas ovelhas, alimente minhas
ovelhas”.
Cristo mostra seu amor pelo Pai
amando aqueles a quem o Pai lhe deu. Não pode haver maior prazer para Cristo
que expressar seu amor por seu Pai. Isso tem implicações grandiosas para nós:
significa que Cristo demonstrará seu amor pelo Pai amando-nos.
2. A obra do Espírito no Filho.
Cristo possuía o Espírito sem medida (Jo 3.34). Ele é o
homem do Espírito por excelência. Em sua entrada nos céus, Cristo recebeu um
novo derramamento do Espírito no máximo grau possível para qualquer ser humano
(At 2.33; Sl 45). Como misericordioso sumo sacerdote, exaltado nos céus, o
Espírito produz graça e misericórdia em Cristo de uma maneira que supera até
sua graça e misericórdia na terra. Portanto, Cristo, tendo o fruto do Espírito
(Gl 5.22) é ainda mais paciente em relação os pecadores agora no céu que quando
ele estava na terra. Isso explica parcialmente por que Cristo disse que era
melhor que ele partisse do que ficasse (Jo 16.7).
Como Thomas Goodwin disse, “seus
pecados o levam mais à compaixão que à ira”. Isso é o que significa Cristo ser
um sumo sacerdote compassivo.
O corpo ressuscitado de Cristo
possibilitou que ele recebesse não apenas um novo derramamento do Espírito
sobre sua natureza humana no céu, mas corpo ressuscitado o capacitou a receber
um derramamento ainda mais pleno sobre sua natureza humana no céu, como o Rei
exaltado. Assim, Cristo é mais paciente, amoroso e misericordioso no céu (i.e.,
na glória) em relação a pecadores que quando ele estava em seu estado de
humilhação.
3. O santo amor do Filho por si mesmo.
Ao salvar e abençoar seu povo, Cristo está colhendo o
fruto de sua obra pelos pecadores. Ele está mais preocupado com nossa salvação
do que nós mesmos. Como um bom marido, Cristo ama sua esposa. Mas, lembre-se,
ao amar sua esposa, ele está amando a si mesmo:
Assim, o marido deve amar sua mulher
como ao próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Pois ninguém jamais
odiou o próprio corpo; antes, alimenta-o e dele cuida; e assim também Cristo em
relação à igreja; porque somos membros do seu corpo (Ef 5.28-30).
Por que Cristo privaria seu próprio
corpo de graça? Eu posso ter certeza de que ele me amará porque eu pertenço a
ele, e ele teria que odiar a si mesmo antes que pudesse odiar-me. Não importa o
que recebemos como cristãos (graça, amor, bênção, etc.), podemos estar certos
de que recebemos essas graças porque Cristo ama a si mesmo.
Cristo tem amor por mim, sei que a Bíblia diz assim:
1) Jesus deve amar pecadores para
expressar seu amor por seu Pai.
2) Jesus será paciente e misericordioso
comigo por causa do efeito do Espírito Santo sobre ele no Céu.
3) Jesus me amará porque ele é um bom
marido, de forma que, amando-me mais, ele está se amando mais.
Se você é um cristão batalhando com a
sua segurança, aqui, então, estão três razões abençoadas para ter certeza: Pai,
Filho e Espírito Santo.
E sabe o que mais? Quantas dessas
razões para Cristo nos amar têm algo a ver com as coisas que fazemos? As
maiores razões para Cristo te amar são inteiramente dependentes do Deus triúno,
não de nós, o que realmente é uma boa notícia.
A coisa mais estranha sobre parte da
teologia que vem dos arraiais daqueles que afirmam enfatizar a graça em sua
pregação e ensino é que eles nem sempre fazem um trabalho muito bom de
expressar a rica teologia da graça encontrada nas Escrituras. Uma coisa é usar
muito a palavra graça, outra bem diferente é expressar uma robusta teologia
trinitariana da graça que enfatize a pessoa de Cristo de uma maneira que vá
além dos slogans manjados.
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