
O apóstolo Pedro nos oferece neste
texto, uma síntese teológica do serviço cristão. Vejamos os pontos principais:
3.1. A vida na igreja é vida de serviço aos outros e não a si mesmo.
“Servi uns aos outros” é uma
convocação para sairmos de nós mesmos e voltarmos para os outros. A palavra
“servi”, no grego “diakonuntes”, indica que devemos prestar serviço ao outro
sem medir esforço, quer por palavra ou ação. O referencial é Jesus. “Pois o
próprio filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos” (Mc.10.45)
3.2. Cada cristão foi capacitado individualmente para o serviço.
Cada crente recebeu da parte de Deus,
um dom espiritual, para o serviço dentro do contexto da igreja. Não existe
crente incapaz ou inútil. “Cada um conforme o dom que recebeu”, diz Pedro.
(1Co. 12; Rm 12; Ef. 4). Todos estão nivelados, pois todos são importantes uns
para os outros. Descubra o seu dom e exercite-o. Observe as necessidades das
pessoas e da Igreja. Eis um campo de trabalho para você!
3.3. Cada crente é mordomo.
“Como bom despenseiro da graça”,
indica que ter um dom espiritual é possuir um “depósito de graça”. É ser um
“mordomo”. Na igreja. Temos o ministério de suprir uns aos outros, como bons
despenseiros de Deus. Cuidado, seja um mordomo fiel (1Co 42; Lc.12.42-48)
3.4. A graça de Deus é multiforme.
Se a graça de Deus é multiforme, os
dons são também múltiplos. É um erro limitar os dons a uma lista fixa. Deus dá
dons de maneira multiforme, sempre que houver necessidade no serviço da igreja.
(Ex 31.1-11)
3.5. A distinção entre os dons é funcional.
Pedro classifica os dons em duas
categorias: Dons da comunicação (pregação, ensino…) que devem ser exercidos de
acordo com a palavra de Deus. A Bíblia é o “diapasão” da comunicação da igreja. Dons do serviço
(contribuição, misericórdia…) que devem ser realizados na força que Deus supre.
3.6. O objetivo final do trabalho cristão é a glória de Deus.
Quer na comunicação da Palavra ou no
serviço de amor, o objetivo é a glória de Deus: “Em todas as cousas seja Deus
glorificado”: A intenção de quem trabalha deve ser sempre agradar a Jesus (Mt
25.31-46).
Conclusão - Desculpas como:
1) Ninguém me procurou;
2) Não sei como ajudar;
3) Não tenho tempo;
4) Não tenho condições;
5) Cada um com seus problemas;
6) “Ele, Ela” encontrará outra pessoa
para ajudá-lo;
7) Não receberei nada em troca;
8) O pastor não me chamou;
9) Não me dão oportunidade.
E muitas outras que muitos têm na ponta na língua. Meus irmãos
e irmãs vamos trabalhar. Envolva-se em algum ministério da igreja. Com certeza
Deus não aceita as razões que você tem apresentado. As suas justificativas são
inócuas.
“Ora, se eu, sendo o Senhor e o
Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.”
(Jesus Cristo em João 13, 14)
Rev. Arival Dias Casimiro
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