Louvores Abençoadores

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Um Deus que não muda é garantia suficiente de Esperança!


      Texto: Hebreus 13: 7 a 9

“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13.8).

Parece-nos que o cap. 13 seja um apêndice, que aplica as assertivas da epístola a questões concretas da Igreja. Vamos ver, como poderíamos dividi-lo: a) 13.1-6: exortação a uma vida cristã; b) 13.7-17: ortodoxia, obediência à Igreja.

A Epístola aos Hebreus é um sermão que foi escrito para uma comunidade que estava em perigo de esmorecer na fé (2.13; 12.4) e de conformar-se de novo com a vida mundana (13.13s). Aqueles que foram chamados a serem cidadãos de um mundo novo, estão se acomodando ao velho mundo. Para arrancar a Igreja desta situação, mostra-lhe o seguinte: Cristo é a perfeita e definitiva revelação salvífica de Deus, justamente por ter sido o humilde neste mundo. O autor tem, portanto, o máximo interesse em conseguir convencer a seus leitores que Jesus é realmente a perfeita revelação salvífica de Deus. - Então o autor aos Hebreus exorta os crentes a se acautelarem acerca das falsas e estranhas doutrinas, recomendando-os a se lembrarem de seus antigos pastores, que lhes pregaram a palavra de Deus, a fim de imitarem a sua fé. É nesse contexto que ele afirma a imutabilidade de Jesus Cristo. Destacamos, portanto, aqui três verdades solenes:

O nosso texto: Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre. Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas, porquanto o que vale é estar o coração confirmado com graça (v. 8-9b). Nesta passagem o autor de Hebreus se concentra numa coisa:
Jesus Cristo é o verdadeiro guia. Sua preeminência é permanente, e sua liderança é eterna. Para nós sermos seus guias, bastam a fé e a graça.

Em primeiro lugar, Jesus Cristo é o mesmo ontem. Ontem ele foi o Cristo da profecia. Todo o Antigo Testamento apontava para ele. Ele é tudo nas Escrituras. Os patriarcas falaram dele. Os profetas apontaram para ele. O cordeiro da páscoa era um símbolo dele. O tabernáculo era um tipo dele. A arca da aliança e os objetos que dentro dela estavam eram sombra dele. As festas de Israel anunciavam a ele. Os sacrifícios eram prenúncios do seu sacrifício perfeito. O sábado, apontava para ele, o único que oferece descanso verdadeiro para a nossa alma. Jesus Cristo é a semente da mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ele é o Maravilhoso Conselheiro, o Deus forte, o Pai da eternidade e o Príncipe da paz. Ele é o Emanuel, o Sol da Justiça e a brilhante Estrela da manhã. Ele o Verbo que se fez carne, o Filho do Altíssimo, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.

Em segundo lugar, Jesus Cristo é o mesmo hoje. O mesmo que habitou com o Pai em glória excelsa antes que houvesse mundo; o mesmo que criou todas as coisas e as sustenta pela palavra do seu poder; o mesmo que na plenitude dos tempos nasceu de mulher, sob a lei, para ser o nosso Redentor; o mesmo que habitou entre nós cheio de graça e de verdade, andando por toda parte fazendo o bem e libertando os oprimidos do diabo, está conosco; o mesmo que voltou ao céu, derramou o Espírito Santo e está assentado no trono como o governador do universo; o mesmo que à destra do Pai exerce a gloriosa função de Sumo Sacerdote e Advogado do seu povo está conosco. Ele é o mesmo em seus atributos e o mesmo em suas poderosas obras. Ele é o Pastor e Bispo da nossa alma. Ele é o nosso Refúgio verdadeiro, a nossa alegria, a nossa paz, a nossa justiça, a razão suprema da nossa vida. Nele não há nenhuma sombra. Em seu caráter não há qualquer variação. Ele é o Rei da glória, diante de quem se curvam os exércitos celestiais. Ele é fundamento, o dono, o edificador e o protetor da igreja. Ele é a porta da salvação, o caminho para Deus, a verdadeira luz que ilumina a todo homem. O mesmo que triunfou sobre os principados e potestades na cruz está conosco. Ele é quem nos toma pela mão direita, nos guia com o seu conselho eterno e nos recebe na glória.

Em terceiro lugar, Jesus Cristo é o mesmo para sempre. Há plena consistência na pessoa de Jesus Cristo. Ele nunca mudou nem jamais mudará. Ele é o mesmo que foi ontem, é hoje e será para sempre. Seus atributos são os mesmos. Suas obras são as mesmas. O que ele fez e faz, também continuará fazendo. Ele nunca desistiu de ser o Redentor, poderoso para salvar e perdoar. Ele nunca abriu mão de sua graça, suficiente para redimir pecadores mortos em seus delitos e pecados. Ele pode tudo quanto ele quer. Ele faz tudo conforme o conselho de sua vontade. Ele cumprirá cada promessa feita. Ele consumará a história, levando-a ao seu desfecho final. Ao fechar as cortinas do tempo e abrir os portais da eternidade ficará notório que ele colocará todos os seus inimigos debaixo de seus pés e reinará soberana e gloriosamente com sua igreja, pelos séculos eternos. Afirmamos, portanto, que de eternidade a eternidade ele é Deus. Ele tem em suas mãos o universo. Ele governa sobre as nações. Os reinos deste mundo estarão sob o seu governo e ele reinará para sempre, porque nele nunca houve nem jamais haverá mudança. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre o mesmo!

Deus não muda. Em Tiago 1:17, está escrito "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação". Em Deus, não há sequer sombra de variação. O Senhor é o mesmo ontem e hoje e será para sempre (Hebreus 13:8).


Se Deus não muda, então Seu amor por nós não muda, Sua bondade para nos abençoar não muda, Sua justiça não muda, Sua misericórdia para nos perdoar não muda e Sua Palavra não muda (Mateus 24:35).


E, por fim...
Um Deus que não muda é garantia suficiente para nós, tanto para sermos pastores e guia dos santos, quanto para sermos ovelhas de seu aprisco. Vejamos Hebreus 11... Pudemos notar que a galeria dos heróis da fé não é uma lista exaustiva, mas representativa. O próprio escritor de Hebreus reconhece que existem tantos exemplos de heróis da fé a serem citados, que lhe faltaria tempo para fazê-lo (Hebreus 11:32).

Mas todas essas pessoas tiveram em comum o fato de terem sido declaradas justas por Deus, isto é, obtiveram bom testemunho diante d’Ele (Hebreus 11:2). Essa justificação, porém, não estava baseada em suas obras, mas unicamente na fé.
É fácil entender isto quanto notamos que a própria Bíblia destaca claramente as fraquezas e erros de todos os nomes mencionados na galeria dos heróis da fé. Nenhum deles era perfeito e, portanto, nenhum deles era também capaz de agradar a Deus com suas próprias habilidades.

Então como eles puderam ser contados como heróis da fé? A resposta é dada pelo próprio autor de Hebreus ao mencionar o maior de todos os heróis da fé: Jesus Cristo! A fé genuína que os heróis do Antigo Testamento demonstraram estava fundamentada no Messias que haveria de vir. Os heróis da fé do passado já terminaram suas carreiras, e em certo sentido, hoje formam uma nuvem de testemunhas que nos assisti, e através de seus exemplos, nos encorajam (Hebreus 12:1).

Mas o escritor de Hebreus faz questão de ressaltar que o nosso Senhor Jesus Cristo é o exemplo supremo de fé. Ele suportou a cruz para salvar seu povo, e hoje está assentado à destra do trono de Deus. Ele é o grande Herói da fé, o único que pode ser designado como o “Autor e Consumador da fé”. Por sua justiça, por seus méritos, homens tão imperfeitos e indignos puderam achar graça diante de Deus. Então o escritor de Hebreus conclui sua galeria dos heróis da fé exortando os seus leitores a olhar firmemente para Cristo (Hebreus 12:2,3).

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